A Igreja começa a levantar a cabeça
Agostinho "ensinava e pregava, em privado e publicamente, a palavra da salvação. Cheio de confiança combatia as heresias de África, sobretudo os donatistas, maniqueus e pagãos, com livros ou conferências improvisadas. Os católicos sentiam‑se cheios de admiração e louvores e, onde lhes era possível, divulgavam‑no aos quatro ventos.
Com a ajuda, pois, do Senhor, a Igreja de África que desde há muito tempo jazia reduzida, humilhada e oprimida pela violência dos hereges, sobretudo dos donatistas, que rebatizavam a maioria dos africanos, começou a levantar a cabeça.
Estes livros e tratados multiplicavam‑se por graça admirável de Deus. A abundância dos seus argumentos e a autoridade dos textos bíblicos que citava, fazia com que os próprios hereges corressem junto com os católicos para, cheios de entusiasmo, o ouvirem. Os que queriam e podiam, com a ajuda de estenógrafos, tomavam apontamentos do que dizia. Deste modo, a sua preclara doutrina e a suave obra de Cristo estendeu‑se e manifestou‑se por toda a África, alegrando‑se também a Igreja do outro lado do mar, assim que lhe chegava a notícia. Pois, assim como quando padece um membro, todos os membros se compadecem, também quando um é glorificado, todos os outros participam da sua alegria" (Vida, 7).
O que Agostinho significou para a Igreja africana fica recolhido neste texto de S. Posídio. Antes de mais, deu‑lhe confiança em si própria, como primeiro passo para um novo ressurgimento.
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